sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Fim da crise! E agora?

O segundo trimestre trouxe sinais claros ao mercado brasileiro de que a crise financeira, aqui conhecida por marolinha, chegou ao fim. Investimentos suspensos, planejamentos refeitos, projeções pessimistas, enfim, tudo pode ser revisto.
As empresas preparadas, com estratégias de comunicação sólidas, souberam absorver as adversidades com uma base mais contundente de atuação. Assim, deram continuidade às políticas de atuação comercial e de produção, demonstrando calmaria para o mercado, inspirando o consumo por parte da população. É certo que o governo fez sua parte, reduzindo o IPI para determinadas categorias, criando estímulos para outras, abrindo diversas linhas de crédito, regendo a baixa da taxa de juros via Banco Central, motivando o consumo por parte da população. Mesmo assim, diversas empresas deixaram o chororô de lado para mostrar uma estratégia agressiva, a fim de manter ou conquistar novas fatias de mercado.
Nesse ínterim, a comunicação foi de suma importância, desde a plataforma de captação de informações, para melhor entendimento do que estava acontecendo, até a redefinição de novas condutas para diminuir os efeitos da crise.
É importante frisar que as empresas preparadas, com sólidas políticas de comunicação foram brindadas com a retribuição dos consumidores. Agora podem sair na dianteira, ampliar sua participação de mercado e propor novas tendências, enquanto que outros, têm que refazer suas estratégias, recuperar o tempo perdido e comer poeira de quem saiu na frente. São os custos de uma política de comunicação.

Laércio Pimentel, jornalista, é diretor da KFL Comunicações.

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quinta-feira, 23 de julho de 2009

A comunicacão forma e transforma

A comunicação principia pelo entendimento do ser, não apenas da maneira correta de conduzir palavras até o interlocutor, mas do efetivo entendimento do comportamento dos outros e de si mesmo. É entendendo o padrão de comportamento e aprimorando o conhecimento sobre nossa própria conduta que atuaremos na melhoria das relações interpessoais.
A própria Filosofia prega a máxima: conhece-te a ti mesmo (...), ou seja, torna-te consciente de tua ignorância, maneira pela qual ampliamos o nosso saber sobre a própria existência. A Psicologia também defende o parâmetro de autoconhecimento como arcabouço para desmistificação do ser. A Comunicação deve se valer de tais conhecimentos para melhor entender as pessoas e criar uma atmosfera propícia à melhoria das relações interpessoais, do entendimento de idéias e, porque não, da maturidade no compartilhamento de pontos de vista nem sempre comuns.
Tivemos há pouco um exemplo irrefutável nas eleições argentinas de como a comunicação influencia decisões, denuncia Fernando Braga Menéndez, marqueteiro de Néstor e Cristina Kirchner - derrotados durante a nova composição do senado. Segundo ele, a conduta de campanha do seu partido foi arcaica frente ao modelo multimídia adotado pela oposição.
É muitas vezes dolorosa, e até mesmo antiética, a maneira como as percepções da realidade são alteradas em virtude de um cenário ideal criado a partir de sofisticadas técnicas de comunicação.
Abrir o portal da realeza comunicacional e da realidade dos fatos é o grande desafio para os comunicadores. Os padrões de conhecimentos multimídia não devem ser lançados à fogueira, num ritual de Inquisição, como desejam os afoitos pregadores de uma suposta conduta-ética. É preciso sim aprimorar tais conhecimentos e técnicas, dispondo-as à serventia da real democracia e de pessoas que mereçam fazer uso pleno delas em detrimento da maioria.
O conceito se estende pelo mundo político e corporativo. Quanto maior o entendimento sobre os meandros que regem a funcionalidade comportamental das pessoas, maiores serão as oportunidades de ampliar as redes de comunicação entre as mesmas, favorecendo as bases de ensino nas escolas, o desenvolvimento de projetos empresariais, os programas de cidadania municipais e estaduais, e até mesmo o caráter de cidadania global frente ao desafio do aquecimento terrestre. Alguém duvida?
Os cavaleiros do apocalipse de plantão dirão que tais conhecimentos servirão mais à cadeia do mal: corrupção, ditadura, enganação, exploração social e por aí vai, o que até pode acontecer. No entanto, pensando desta maneira ainda estaríamos discutindo sobre as benesses e os malefícios do fogo.
Conhecimento é algo em que devemos acreditar e investir. Assim é com a comunicação, e com a própria evolução humana.

Laércio Pimentel, jornalista, profissional de publicidade e marketing, diretor da KFL Comunicações

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segunda-feira, 25 de maio de 2009

Nada é definitivo

O mundo apresenta todos os dias uma série de variáveis com boas novas e outras nem tão boas assim. No contexto mundial temos a comprovação de que nem tudo é tão certo quanto presumimos. O dito modelo de esquerda sucumbiu com a queda do Muro de Berlim. Agora, a direita neoliberal foi ao solo com a queda de Wall Street. Com o movimento geopolítico mundial em efervescência teremos aproximadamente uma década para a poeira baixar e conseguirmos visualizar os novos tempos. A própria política-econômica mundial apresenta os países emergentes como sérios candidatos de um novo status quo global.
Isso tudo por definição faz com que as lideranças empresariais reinventem seus modelos de administração e busquem novas fórmulas de atuação num cenário mutável e propício a novidades.
Anacronismo administrativo é uma doença de custo elevado, tanto no âmbito econômico quanto social, pois coloca as organizações em situações peculiares e atinge o cidadão na seguridade de vida (empregos, salários, relações emocionais e familiares). No planejamento é preciso prever, antever os cenários possíveis dentro da própria dinâmica a que estamos suscetíveis, seja no aspecto econômico, político, ambiental ou qualquer outra circunstância que venha a influenciar o trajeto de uma empresa.
É muito cômodo realizar Benchmarketing junto às organizações tidas como modelos em determinados setores. Com isso se garante um lugar momentâneo na cadeia empresarial da sobrevivência sem analisar os novos desafios que certamente tardam, mas não deixam de chegar.
No que diz respeito aos profissionais de comunicação e respectivas áreas de atuação, existe a responsabilidade de assumir tais desafios na composição, análise e descrição dos futuros cenários, pois são por obrigatoriedade de ofício os detentores de informações, os catalisadores dos pensamentos da gestão comunicacional entre os diversos públicos. Sair do comodismo de meros executores dos programas existentes é o desafio.
Platão era da opinião de que nunca podemos conhecer verdadeiramente algo que se transforma, sobre as coisas do mundo dos sentidos, coisas tangíveis, portanto, não podemos ter senão opiniões incertas. E só poderemos chegar a ter um conhecimento seguro daquilo que reconhecemos com a razão.
É preciso desenvolver uma nova visão empresarial, como os Humanistas do Renascimento desenvolveram uma crença totalmente nova do homem e em seu valor, o que se opunha frontalmente à Idade Média, período em que enfatizava apenas a natureza pecadora do homem. Afinal, experiência é boa, porém, pode aprisionar os tomadores de decisões com soluções já gastas, cegando-os para os remédios não testados que possam resolver os atuais e os futuros problemas.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Líderes que vencem crises e reinventam negócios


Foto: J. Mantovani

A palavra crise tem suas origens no latim - significa vento – e indica um estágio de alternância, no qual uma vez transcorrido diferencia-se do que costumava ser, ou seja, não existe possibilidade de retorno aos antigos padrões.
Crise não é a novidade. A história revela diversos exemplos de superação em diferentes momentos e dimensões de realização humana: pessoal, social, político e organizacional. A virada da IBM -
International Business Machines, ilustra bem a capacidade de reinventar negócios ao vencer uma crise empresarial.
Quando perguntaram a Louis V. Gerstner Jr., o que ele fez nos primeiros 90 dias da reviravolta na IBM, quando assumiu a presidência em 1993, ele respondeu sem pestanejar a uma platéia de 4.500 líderes empresariais que participavam do World Business Fórum em Nova York (2004): “Rezei”. A ironia de Gerstner revela uma mensagem clara: poderosos executivos não são super-heróis, portanto:
• O que fazer diante das inevitáveis crises que se apresentam com mais frequência e em escala
mundial?
• Como se reposicionar num cenário de dúvidas e incertezas?
• Quais as novas regras do jogo dos negócios?
• Como aproveitar esse momento para reinventar e vencer?
Louis Gerstner, considerado o arquiteto das mudanças vivenciadas no ciclo de 1993 a 2002 na IBM e um dos três mais poderosos e influentes executivos do planeta (além de Anne Mulcahy, presidente da Xerox, e Jack Welch, ex-General Electric), após o seu momento pessoal de “rezas”:
• Encarou o problema de frente tomando consciência da realidade;
• Voltou-se para o futuro e redefiniu a visão da empresa;
• Restabeleceu objetivos, tornando-os claros e compartilhados;
• Escalou a liderança para um novo ciclo de competição estratégica;
• Concentrou toda a sua energia nas pessoas comprometidas emocionalmente e envolvidas no
processo de execução;
• E, passo a passo, de ação em ação, tarefa a tarefa – mobilizou sua equipe e juntos, fizeram
acontecer e escreveram um novo capítulo no ciclo da IBM.
O resultado de todo esse movimento? A IBM não é mais a mesma. Perto de seus 100 anos de existência (1911), presente em 170 dos 194 países do mundo, a companhia que fez fama como a maior fabricante de computadores do mundo adotou o slogan “a inovadora dos inovadores” e reposicionou seu negócio para: Solução em E-business, ou Tech-Service para os americanos, saindo à frente num mercado de US$ 585 bilhões. Isso significa atuar em todas as pontas do e-business.
Para Samuel Palmisano, sucessor de Gerstner, o desafio continua: "A integração global é o novo campo de jogo, e a inovação é como você o vence. Hoje, a inovação não é resultado do trabalho de inventores solitários em seus sótãos, mas produto de um processo colaborativo que combina conhecimentos de tecnologia e marketing". Atualmente a IBM lidera o mundo dos mainframes, desenha chips inovadores, escreve softwares para a internet e tem enorme participação nos mundos virtuais - a ponta mais experimental do mercado. É, também, a companhia mais antiga de tecnologia e a que se mantém mais relevante, responsável por milhões de transações diárias do mundo corporativo.
Navi Radjou, consultor da Forrester e autor do livro Open Innovation ("Inovação aberta"), comentou: "Gerstner ensinou o elefante a dançar. A missão de Palmisano é ensiná-lo a voar - Quem disse que elefantes não voam?”
O exemplo da IBM ilustra uma situação de crise “in-company”, superada por executivos nos diferentes ciclos da empresa, porém, estamos diante de uma nova e única experiência. Mesmo para aqueles acostumados com turbulências, essa crise que se apresenta para todos nós é particular em função das proporções globais, com poucas alternativas de escape e que afeta todos os mercados.
Portanto, o jogo mudou e a questão aqui é: quais são as novas regras que estão sendo estabelecidas?
Como entender e responder a esse movimento? E o que fazer diante desse novo cenário?
Reconhecer as características dessa crise pode ser o primeiro passo para compreendê-la enfrentá-la:
• É uma crise econômica de proporção global nunca vivenciada por nossa geração;
• Revela o quanto nossa era está volátil, incerta e complexa;
• Expressa a fragilidade do modelo globalizado que criou interdependência inimaginável;
• Multiplicou riscos jamais considerados.
Mas também é verdade que esse estado de turbulência que caracteriza os momentos de crise, é o estado que antecede as inevitáveis mudanças. E é justamente diante dessa situação que podemos perceber e criar as oportunidades.
Quando João Luiz Domato, Presidente da Kimberly Clark, falava dos resultados de sua empresa na
convenção 2008, a luz da sala se apagou durante 10 minutos e diante de 100 executivos, num tom mais grave, ele discursou sobre as incertezas que a crise traria com base na seguinte mensagem: “mesmo sem luz, a vida tem que continuar”.
Albert Einstein costumava afirmar que "é na crise que nascem as invenções, os descobrimentos, e as grandes estratégias. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la”.
John Kotter, especialista em mudanças, sugere que é preciso criar senso de urgência, buscar o equilíbrio entre o pânico e a paralisia – duas reações que devem ser evitadas a qualquer custo. Esse estado emocional ocorre porque ficamos diante das incertezas e, conseqüentemente, da pouca previsibilidade.
Ventos fortes sempre sopraram em diferentes momentos da história humana, porém, a grande mudança e o impacto desnorteador que sentimos em relação a crise atual, diz respeito não apenas a crise em si, mas ao alcance dos ventos e, especificamente, ao intervalo em que se apresentam.
Para representar esse fenômeno, recorro a metáfora musical onde o intervalo é considerado o espaço entre duas notas. As unidades de medida entre intervalos, baseadas na escala logarítmica, são o tom e o semitom. Para intervalos menores que um semitom, são utilizados o savart e o cent. Portanto, o que está acontecendo com os efeitos que sentimos das crises, é que elas estão se apresentando num novo contexto e em outra escala de valor, com espaços muito menores, passando do tom e semitom, para o savart e o cent.
Esse fenômeno é o que caracteriza a principal mudança na regra do jogo dos negócios e exige
consciência e liderança para quem quer permanecer na competição. Como diz Ram Charan, “o que
diferencia as empresas de sucesso são as percepções e habilidades para detectar padrões de mudança, relacioná-los a seu panorama, setores, concorrência e negócio e a capacidade de resposta”.
Portanto, segundo Luiz Edmundo Rosa, diretor de RH da Accor América Latina: ”nesse momento, torna-se ainda mais imprescindível uma gestão eficaz de pessoas, que atue com sabedoria e visão empresarial num ambiente de instabilidade e perplexidade que envolve os indivíduos e as organizações. E assim, contribua para tornar esse estado de turbulência em oportunidades de mudanças, embasadas em ações inovadoras e efetivas frente aos desafios.”
Líderes que vencem crises e reinventam negócios estão diante de um novo jogo que não revela suas novas regras. Então, como jogar para ganhar?
Darwin nos dá uma excelente dica de onde podemos começar a nos fortalecer para enfrentar essa nova crise quando afirma que “não são as espécies mais fortes que sobrevivem, nem as mais inteligentes, mas as mais flexíveis as mudanças.”
Diante de uma conjuntura de pouca previsibilidade, não sabemos em que medida a crise irá nos atingir e por quanto tempo, então é preciso assumir uma perspectiva realista e positiva diante do futuro, ser capaz de usar as idéias para criar novas soluções a partir de atitudes e ações que terão profundo reflexo em nosso futuro e no de nossas organizações. Por isso, está na gestão de pessoas uma das saídas para a retomada do crescimento.
O modelo de gestão adotado por Luiza Helena, do Magazine Luiza, é fundamentado na estratégia onde, segundo ela: “você tem que estar pronto e atento para redirecionar sempre, mas não dá para prever, nesse momento, o que vai acontecer – nenhum economista previu o momento atual; a empresa tem de ser humilde e redirecionar a todo o momento e estar se reinventando sempre. Inovação, criatividade e idéias novas. Nossa equipe está acostumada a trabalhar com mudança, é uma postura intrínseca que adotamos e que reflete em ações como: o site de palpites onde todos podem opinar, elogios as boas opiniões, o incentivo a sentimento de “ser dono do negócio” que gera melhorias e, a valorização da comunicação interna onde todos tem de saber de tudo rapidamente. Adotamos ações que contribuem para a unidade do grupo e permitem que falemos a mesma linguagem através da TV executiva ao vivo, rádio Luiza semanal, portal de comunicação forte e uma escola de treinamento.”
Entre diferentes iniciativas possíveis, Luiz Edmundo Rosa destaca três forças transformadoras para
tempos de crise:
• Força transformadora da liderança – pensar, decidir e agir com visão, praticar a serenidade e
intuição aguçada, estimular equipes a pensarem e usarem toda a criatividade a partir da
compreensão dos acontecimentos (realidade) e tendências mais prováveis (de olho no futuro) e
empreender mudanças; É hora de rever estratégias, reunir as lideranças, falar a verdade, pedir
foco no que é essencial e solicitar o máximo de atenção com as equipes porque elas vão precisar
de apoio a partir da tolerância e compreensão;
• Força transformadora da inovação – agir com liberdade de imaginação, iniciativa e permissão
para arriscar com responsabilidade. Seria uma ilusão querer chegar a novos resultados fazendo as
mesmas coisas. É hora de: aproximar relacionamento com clientes, colaboradores e
fornecedores, realizar campanhas de incentivo a idéias pragmáticas, valorizar as pessoas com
perfis empreendedores e reconhecer essas pessoas criando a cultura da melhoria continuada em
uma organização em constante aprendizado;
• Força transformadora da ação – somente inovando, renovando e reinventando é que podemos
aproveitar as ricas oportunidades que a crise nos traz. É hora de: agir com senso de prioridade e
economia, mas não de cortar indiscriminadamente o investimento nas pessoas. É hora de desafiar
as equipes a dar o melhor de si e alcançar resultados excepcionais, apostar nos talentos,
redirecionar programas de educação corporativa e fortalecer a comunicação.
Com sabedoria, Luiz Edmundo Rosa conclui que “em momentos de crise, cabe aos líderes um papel fundamental de promover as transformações necessárias muito além da questão imediata de superar as dificuldades, por mais urgentes e complexas que sejam. Precisa haver um verdadeiro compromisso com o futuro e as pessoas são os agentes capazes de criar, inovar, transformar e fazer acontecer.”
Em resumo, a crise nos impõe o desafio de realizar mudanças e exige visão e responsabilidade nas
decisões. Medidas defensivas e isoladas refletem falta de visão, de pensamento estratégico e de
criatividade. Quando se é dominado por esse estado de espírito, a crise se espalha e agrava ainda mais os resultados. Nos momentos de crise que se apresentam com mais intensidade e continuidade, os líderes tem papel fundamental nas mudanças e superação das dificuldades. Eles precisam assumir o compromisso com o futuro e mobilizar as pessoas que representam os agentes capazes de gerar novas idéias, criar e transformar a realidade. O papel da gestão, portanto, é favorecer esse movimento construindo culturas empresariais sólidas como o grande diferencial competitivo. Resultado: quando a crise for superada – e ela vai passar –a empresa responderá ao novo ambiente de negócios, as novas aspirações dos clientes, investidores, colaboradores e demais públicos estratégicos.
O papel da liderança na gestão de pessoas, portanto, é o fator fundamental para a grande virada, no jogo dos negócios.

Suzy Fleury: Psicóloga, Pós em Marketing, Mestrado em Psicologia do Esporte (Madri)
Coach Executivo e Esportivo; Visite nosso site: www.suzyfleury.com.br

sexta-feira, 13 de março de 2009

Comunicação aumenta ganhos

Segundo o filósofo e guru administrativo, Peter Drucker, 80% dos prejuízos empresariais são atribuídos a problemas de comunicação. Isto requer dizer que Comunicação não é despesa, é investimento.
Independente de época de crise, as empresas devem estar sempre preparadas para enfrentar as adversidades, superar desafios, fortalecer equipes, preservar ou aumentar a participação no mercado, desenvolver novos negócios e ver o que está além do horizonte.
A comunicação é vital para se obter tais resultados e aprimorar as relações humanas, sejam elas internas ou externas. O conceito de comunicação corporativa deixou de ser apenas uma dezena de ferramentas com a finalidade de levar informações para os funcionários ou mercado; é sem dúvida um instrumento valioso na melhoria de processos, produtos, redução de custos, aprimoramento da qualidade, motivação de equipes, fortalecimento de imagem, facilitação no trato com os diversos públicos, e por aí segue.
Potencializar o uso de diferentes ferramentas de comunicação é importante para aumentar o grau de interação entre os públicos, torna tudo mais ágil, com respostas pontuais às necessidades diárias, estimula os grupos funcionais a encontrarem respostas mais rápidas às demandas e estimula a criatividade em prol da empresa.
A empresa que segue a cartilha da boa comunicação sempre estará preparada para enfrentar as crises. É uma organização pronta para os desafios. Os funcionários não se abalam com os boatos e tampouco com as notícias ruins, pois sabem que o grupo é transparente e tem como responder às dificuldades do momento. Além disso, todos sabem qual é o objetivo da organização e como podem contribuir para o sucesso geral. Isso traz confiança organizacional e potencializa as ações para sair da dificuldade.
Portanto, é imperativo que se tenha um raio x da empresa e descubra quais são suas potencialidades de comunicação, quais são suas carências, como pode ser conduzido um trabalho estratégico de comunicação para todos os públicos, enfim, como melhorar o grau de relacionamento dessa empresa com os stakeholders. Afinal, o sucesso depende dessa conduta e do resultado obtido.

Comunicação como ferramenta estratégica para administração



O Planejamento Estratégico de uma empresa é o roteiro de viagem que fará durante sua existência. Ali estão depositados os objetivos, metas de crescimento, ações que deverão ser desenvolvidas por departamentos e profissionais, enfim, tudo que possa conduzir a empresa ao sucesso organizacional.
A comunicação surge como uma forte aliada no processo de sistematizar, convergir, motivar e reforçar conceitos e entendimentos acerca do que é preciso fazer para se alcançar os objetivos propostos num planejamento estratégico. O descritivo precisa ser disseminado e bem interpretado por todos os agentes funcionais da empresa para que, realmente, possa resultar em situações eficazes do ponto de vista organizacional.
Vamos imaginar que precisamos planejar uma viagem a outro continente. É necessário saber onde queremos chegar, como faremos a viagem, qual será o meio para chegarmos até lá, o que precisamos levar durante o trajeto, enfim, todos os cuidados que deveremos adotar para fazer uma viagem segura, num tempo razoável, com um gasto previsto no orçamento e, principalmente, que chegaremos ao local proposto. O planejamento estratégico funciona da mesma maneira para a empresa, pois define detalhadamente os passos que a organização deverá tomar para alcançar seus objetivos.
Para que tudo o que está descrito no planejamento estratégico aconteça a contento é preciso que todos os tripulantes dessa nave chamada empresa estejam familiarizados e integrados ao plano de viagem. Precisam saber a responsabilidade de cada setor e de cada profissional para que tudo aconteça da forma planejada.
É neste ínterim que a comunicação surge como força catalisadora para dar entendimento ao que foi traçado, reforçar conceitos e dinamizar ações no dia a dia, mantendo a moral da equipe elevada e recobrando o que precisa ser praticado diariamente – é a maneira de chegar lá!
Cada empresa, cada público tem uma necessidade específica de comunicação. É preciso identificar quais veículos e formatos devem ser criados para facilitar o intercâmbio entre empresa e funcionários. Dessa maneira, o processo de entendimento e desenvolvimento do planejamento estratégico fica mais fácil de ser assimilado e aplicado dentro das organizações, obtendo-se os resultados almejados.
A comunicação é fator crucial para o sucesso dessa demanda empresarial. Assim, as ferramentas disponíveis devem ser aplicadas com criatividade e sabedoria, a fim de atingir os propósitos presentes e futuros de cada organização.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Museu de grandes novidades



Quem lida há alguns anos com o mercado de produção editorial para empresas sabe muito bem que não há grandes novidades no setor. Layouts diferenciados, propostas editoriais diversificadas, papel assim-assado, emprego de cores etc., contudo, o que vale mesmo é a empatia que a publicação cria com seus leitores. Senão, vejamos, por que um tipo de leitor opta pela Folha de S.Paulo e não pelo Estadão, mais do que as questões de projeção gráfica e editoriais está a familiaridade que ele encontra com cada uma dessas propostas. Isso também vale para os demais meios de comunicação.
É sempre bom avaliarmos como cada publicação está sendo percebida pelos leitores, como estão recebendo e entendendo cada notícia, como estão sendo interpretados os temas propostos em cada edição, quais são as carências editoriais, enfim, o que faz o leitor empresarial estar mais perto das publicações.
Interpretação da cultura é fundamental para entender o mecanismo que está por trás do processo de empatia entre leitor e publicações. Muitas vezes, um projeto audacioso demais pode ser prejudicial ao entendimento e à própria comunicação em si. Do outro lado, uma empresa que tem a tecnologia de ponta como forte condutor de sua cultura não se contentaria em ter uma revista com características arcaicas, com notícias excessivamente corporativas, sem um fio de criatividade e audácia.
Como identificar qual é o projeto mais viável para a publicação de determinada empresa é uma questão básica de conhecimento sobre o público, sobre a própria experiência com outras organizações, e, claro, capacitação em comunicação para entender a diferença do que pode dar certo ou não em determinada corporação.
O espaço da Internet já nos permite navegar com maior criatividade, pois tudo ainda está em evolução. É possível criar novos programas, com novas características visuais e de interação com os internautas, aumentando a possibilidade de troca de informações e criando cada vez mais um elo entre os públicos. A interatividade é a chave-mestre de tudo.
Seja qual for o veículo de comunicação é sempre importante fazer a leitura correta do que podemos oferecer de melhor ao nosso público-leitor e como eles percebem tais mudanças, pois, as alternâncias decorrentes de projetos visuais e editorias, sempre podem ganhar novos formatos e ressurgirem com maior potencial diante daqueles que pensam já terem visto tudo.

Gerenciamento de crises

No final de novembro de 2023, o mundo da inovação e inteligência artificial recebeu com surpresa a decisão do conselho consultivo da OpenAI...