Nada é definitivo

O mundo apresenta todos os dias uma série de variáveis com boas novas e outras nem tão boas assim. No contexto mundial temos a comprovação de que nem tudo é tão certo quanto presumimos. O dito modelo de esquerda sucumbiu com a queda do Muro de Berlim. Agora, a direita neoliberal foi ao solo com a queda de Wall Street. Com o movimento geopolítico mundial em efervescência teremos aproximadamente uma década para a poeira baixar e conseguirmos visualizar os novos tempos. A própria política-econômica mundial apresenta os países emergentes como sérios candidatos de um novo status quo global.
Isso tudo por definição faz com que as lideranças empresariais reinventem seus modelos de administração e busquem novas fórmulas de atuação num cenário mutável e propício a novidades.
Anacronismo administrativo é uma doença de custo elevado, tanto no âmbito econômico quanto social, pois coloca as organizações em situações peculiares e atinge o cidadão na seguridade de vida (empregos, salários, relações emocionais e familiares). No planejamento é preciso prever, antever os cenários possíveis dentro da própria dinâmica a que estamos suscetíveis, seja no aspecto econômico, político, ambiental ou qualquer outra circunstância que venha a influenciar o trajeto de uma empresa.
É muito cômodo realizar Benchmarketing junto às organizações tidas como modelos em determinados setores. Com isso se garante um lugar momentâneo na cadeia empresarial da sobrevivência sem analisar os novos desafios que certamente tardam, mas não deixam de chegar.
No que diz respeito aos profissionais de comunicação e respectivas áreas de atuação, existe a responsabilidade de assumir tais desafios na composição, análise e descrição dos futuros cenários, pois são por obrigatoriedade de ofício os detentores de informações, os catalisadores dos pensamentos da gestão comunicacional entre os diversos públicos. Sair do comodismo de meros executores dos programas existentes é o desafio.
Platão era da opinião de que nunca podemos conhecer verdadeiramente algo que se transforma, sobre as coisas do mundo dos sentidos, coisas tangíveis, portanto, não podemos ter senão opiniões incertas. E só poderemos chegar a ter um conhecimento seguro daquilo que reconhecemos com a razão.
É preciso desenvolver uma nova visão empresarial, como os Humanistas do Renascimento desenvolveram uma crença totalmente nova do homem e em seu valor, o que se opunha frontalmente à Idade Média, período em que enfatizava apenas a natureza pecadora do homem. Afinal, experiência é boa, porém, pode aprisionar os tomadores de decisões com soluções já gastas, cegando-os para os remédios não testados que possam resolver os atuais e os futuros problemas.

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