A comunicacão forma e transforma
A comunicação principia pelo entendimento do ser, não apenas da maneira correta de conduzir palavras até o interlocutor, mas do efetivo entendimento do comportamento dos outros e de si mesmo. É entendendo o padrão de comportamento e aprimorando o conhecimento sobre nossa própria conduta que atuaremos na melhoria das relações interpessoais.
A própria Filosofia prega a máxima: conhece-te a ti mesmo (...), ou seja, torna-te consciente de tua ignorância, maneira pela qual ampliamos o nosso saber sobre a própria existência. A Psicologia também defende o parâmetro de autoconhecimento como arcabouço para desmistificação do ser. A Comunicação deve se valer de tais conhecimentos para melhor entender as pessoas e criar uma atmosfera propícia à melhoria das relações interpessoais, do entendimento de idéias e, porque não, da maturidade no compartilhamento de pontos de vista nem sempre comuns.
Tivemos há pouco um exemplo irrefutável nas eleições argentinas de como a comunicação influencia decisões, denuncia Fernando Braga Menéndez, marqueteiro de Néstor e Cristina Kirchner - derrotados durante a nova composição do senado. Segundo ele, a conduta de campanha do seu partido foi arcaica frente ao modelo multimídia adotado pela oposição.
É muitas vezes dolorosa, e até mesmo antiética, a maneira como as percepções da realidade são alteradas em virtude de um cenário ideal criado a partir de sofisticadas técnicas de comunicação.
Abrir o portal da realeza comunicacional e da realidade dos fatos é o grande desafio para os comunicadores. Os padrões de conhecimentos multimídia não devem ser lançados à fogueira, num ritual de Inquisição, como desejam os afoitos pregadores de uma suposta conduta-ética. É preciso sim aprimorar tais conhecimentos e técnicas, dispondo-as à serventia da real democracia e de pessoas que mereçam fazer uso pleno delas em detrimento da maioria.
O conceito se estende pelo mundo político e corporativo. Quanto maior o entendimento sobre os meandros que regem a funcionalidade comportamental das pessoas, maiores serão as oportunidades de ampliar as redes de comunicação entre as mesmas, favorecendo as bases de ensino nas escolas, o desenvolvimento de projetos empresariais, os programas de cidadania municipais e estaduais, e até mesmo o caráter de cidadania global frente ao desafio do aquecimento terrestre. Alguém duvida?
Os cavaleiros do apocalipse de plantão dirão que tais conhecimentos servirão mais à cadeia do mal: corrupção, ditadura, enganação, exploração social e por aí vai, o que até pode acontecer. No entanto, pensando desta maneira ainda estaríamos discutindo sobre as benesses e os malefícios do fogo.
Conhecimento é algo em que devemos acreditar e investir. Assim é com a comunicação, e com a própria evolução humana.
Laércio Pimentel, jornalista, profissional de publicidade e marketing, diretor da KFL Comunicações
(Este e outros artigos estão no Blog www.melhoresuacomunicacao.blogspot.com)
A própria Filosofia prega a máxima: conhece-te a ti mesmo (...), ou seja, torna-te consciente de tua ignorância, maneira pela qual ampliamos o nosso saber sobre a própria existência. A Psicologia também defende o parâmetro de autoconhecimento como arcabouço para desmistificação do ser. A Comunicação deve se valer de tais conhecimentos para melhor entender as pessoas e criar uma atmosfera propícia à melhoria das relações interpessoais, do entendimento de idéias e, porque não, da maturidade no compartilhamento de pontos de vista nem sempre comuns.
Tivemos há pouco um exemplo irrefutável nas eleições argentinas de como a comunicação influencia decisões, denuncia Fernando Braga Menéndez, marqueteiro de Néstor e Cristina Kirchner - derrotados durante a nova composição do senado. Segundo ele, a conduta de campanha do seu partido foi arcaica frente ao modelo multimídia adotado pela oposição.
É muitas vezes dolorosa, e até mesmo antiética, a maneira como as percepções da realidade são alteradas em virtude de um cenário ideal criado a partir de sofisticadas técnicas de comunicação.
Abrir o portal da realeza comunicacional e da realidade dos fatos é o grande desafio para os comunicadores. Os padrões de conhecimentos multimídia não devem ser lançados à fogueira, num ritual de Inquisição, como desejam os afoitos pregadores de uma suposta conduta-ética. É preciso sim aprimorar tais conhecimentos e técnicas, dispondo-as à serventia da real democracia e de pessoas que mereçam fazer uso pleno delas em detrimento da maioria.
O conceito se estende pelo mundo político e corporativo. Quanto maior o entendimento sobre os meandros que regem a funcionalidade comportamental das pessoas, maiores serão as oportunidades de ampliar as redes de comunicação entre as mesmas, favorecendo as bases de ensino nas escolas, o desenvolvimento de projetos empresariais, os programas de cidadania municipais e estaduais, e até mesmo o caráter de cidadania global frente ao desafio do aquecimento terrestre. Alguém duvida?
Os cavaleiros do apocalipse de plantão dirão que tais conhecimentos servirão mais à cadeia do mal: corrupção, ditadura, enganação, exploração social e por aí vai, o que até pode acontecer. No entanto, pensando desta maneira ainda estaríamos discutindo sobre as benesses e os malefícios do fogo.
Conhecimento é algo em que devemos acreditar e investir. Assim é com a comunicação, e com a própria evolução humana.
Laércio Pimentel, jornalista, profissional de publicidade e marketing, diretor da KFL Comunicações
(Este e outros artigos estão no Blog www.melhoresuacomunicacao.blogspot.com)
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