O mais simples é sempre melhor
Neste começo de mês perdemos um dos maiores ícones do samba paulistano, faleceu Seu Nenê, o fundador da escola de samba mais tradicional de São Paulo, a Nenê de Vila Matilde.
Eu tive a honra e o privilégio de conviver com a vizinhança desse grande homem, e ainda mais, ter sido assessor de imprensa da Nenê, no aniversário de 50 anos da escola. Foi nesta oportunidade que realizei mais de oito horas de entrevistas com o baluarte. Mas aquilo que deveria ser apenas fonte de captação para escrever uma publicação especial sobre o cinqüentenário da agremiação, tornou-se uma verdadeira aula sobre a evolução do samba paulistano, e nas entrelinhas, uma fonte segura de que a boa comunicação se faz com muita simplicidade.
Seu Nenê fazia questão de situar nossa conversa no tempo e no espaço. Uma verdadeira viagem pelo mundo do samba. Mais do que contar, ele fazia questão de ilustrar a história com apontamentos e detalhes que transportavam os ouvintes para o momento e o local daquele discurso. E para completar, com uma desenvoltura nata, fazia os ritmos e as batidas de cada instrumento das épocas narradas, aperfeiçoando ainda mais nosso entendimento acerca da história.
A maneira como conduzia o dia a dia da Escola seria um curso integral de Administração para as melhores universidades do mundo. Ali era possível ver o funcionamento de uma empresa e todos os seus departamentos com um envolvimento sobrenatural dos participantes – fato que nenhuma organização pública ou privada tenha alcançado em todos os tempos. O respeito geral por aquele homem também chamava a atenção. Não era aquele tipo de respeito que ao dobrar a esquina fala-se mal e diz todo tipo de impropério como de costume com os chefes das grandes empresas. Era um respeito pela sabedoria, pelo feito de um líder, era um respeito verdadeiro.
A maneira como Seu Nenê conduziu a transferência do bastão para seu filho e sucessor, Alberto Alves da Silva Filho, o Betinho, também poderia ser alvo de estudo nas escolas de Administração, pois foi madura, sem contraposições, exemplar.
Sempre presente na vida da Escola, Seu Nenê era um líder nato. Tinha uma desenvoltura para a comunicação como poucos poderão alcançar mesmo freqüentando as melhores escolas do planeta. Suas mensagens não tinham intermediários e nem sofriam com os obstáculos das barreiras. Era tudo feito de maneira direta, eficaz.
Enfim, a homenagem é para um homem que fez de seu legado mais do que uma simples passagem por essas terras paulistanas. É o retrato de quem sempre teve compromisso com a vida, com seus pares, com sua comunidade – na qual o samba sempre teve passagem.
Eu tive a honra e o privilégio de conviver com a vizinhança desse grande homem, e ainda mais, ter sido assessor de imprensa da Nenê, no aniversário de 50 anos da escola. Foi nesta oportunidade que realizei mais de oito horas de entrevistas com o baluarte. Mas aquilo que deveria ser apenas fonte de captação para escrever uma publicação especial sobre o cinqüentenário da agremiação, tornou-se uma verdadeira aula sobre a evolução do samba paulistano, e nas entrelinhas, uma fonte segura de que a boa comunicação se faz com muita simplicidade.
Seu Nenê fazia questão de situar nossa conversa no tempo e no espaço. Uma verdadeira viagem pelo mundo do samba. Mais do que contar, ele fazia questão de ilustrar a história com apontamentos e detalhes que transportavam os ouvintes para o momento e o local daquele discurso. E para completar, com uma desenvoltura nata, fazia os ritmos e as batidas de cada instrumento das épocas narradas, aperfeiçoando ainda mais nosso entendimento acerca da história.
A maneira como conduzia o dia a dia da Escola seria um curso integral de Administração para as melhores universidades do mundo. Ali era possível ver o funcionamento de uma empresa e todos os seus departamentos com um envolvimento sobrenatural dos participantes – fato que nenhuma organização pública ou privada tenha alcançado em todos os tempos. O respeito geral por aquele homem também chamava a atenção. Não era aquele tipo de respeito que ao dobrar a esquina fala-se mal e diz todo tipo de impropério como de costume com os chefes das grandes empresas. Era um respeito pela sabedoria, pelo feito de um líder, era um respeito verdadeiro.
A maneira como Seu Nenê conduziu a transferência do bastão para seu filho e sucessor, Alberto Alves da Silva Filho, o Betinho, também poderia ser alvo de estudo nas escolas de Administração, pois foi madura, sem contraposições, exemplar.
Sempre presente na vida da Escola, Seu Nenê era um líder nato. Tinha uma desenvoltura para a comunicação como poucos poderão alcançar mesmo freqüentando as melhores escolas do planeta. Suas mensagens não tinham intermediários e nem sofriam com os obstáculos das barreiras. Era tudo feito de maneira direta, eficaz.
Enfim, a homenagem é para um homem que fez de seu legado mais do que uma simples passagem por essas terras paulistanas. É o retrato de quem sempre teve compromisso com a vida, com seus pares, com sua comunidade – na qual o samba sempre teve passagem.
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