As atrocidades do marketing esportivo
Pensar em ações que qualquer um pensaria não é lá digno de
troféu para uma equipe de marketing de primeiro escalão. É razoável que a
premissa de conceber aquilo que ainda não foi realizado é mais do que um
estímulo de criatividade, é o combustível necessário à manutenção de grandes
produtos, empresas, entidades e serviços.
Ninguém coloca dinheiro num projeto, numa parceria se não
vislumbrar o retorno; aquilo que de fato ganhará pela quantia que está
disponibilizando. Talvez seja esse o calcanhar de Aquiles nas grandes
instituições esportivas. Por achar que a marca por si só é suficiente para
receber todos os investimentos – o que não acontece – ver o projeto sucumbir a
análises malsucedidas e resultados pífios.
É relevante pensar com a mente e capacidade de raciocínio de
um executivo, sem deixar de perder o talento e a genialidade do marqueteiro. Um
projeto deve ser visto não como algo que você queira vender, mas, como aquilo
que o mercado deseja comprar.
É certo que existem uma série de variáveis sobre a
capacidade de investimento de uma empresa em ações institucionais, promocionais
e de marketing. No entanto, são apenas variáveis, que devem ser contornadas e
vistas como pedras no caminho, não como montanhas intransponíveis.
Uma empresa com uma diretoria de Marketing, já tem por
premissa que ano a ano fará investimentos significativos buscando a expansão de
mercado, a projeção de imagem institucional e marca de produtos e serviços.
Então, é necessário adequar a oportunidade ao desejo e sacramentar com um
projeto afinado e interesses comuns.
Um patrocinador máster, por exemplo, não espera apenas
aquilo que você descreve como benefícios dentro de um projeto que serve a
qualquer organização. Ele espera uma parceria, com ações construídas a quatro
mãos, com ideias criativas que saiam do plano comum, com apelos comunicacionais
que transponham a futilidade de dezenas e dezenas de planos recebidos todos os
dias.
São esses componentes, aliados a uma boa dose de habilidade
de negociação, que serão fundamentais para suplantar as desculpas de ano
fiscal, escassez de budget e análises
intermináveis.
Comentários