Um ídolo pode eternizar uma marca
Quem é mais famoso: Santos ou Pelé? Barcelona ou Messi? As
respostas viriam recheadas de justificativas, emoções, exclamações. Contudo,
sem amparo de pesquisa. No entanto, uma verdade é absoluta: um ídolo eterniza
uma marca.
Quantas vezes somos impulsionados a comprar ou mesmo
experimentar um produto por indicação publicitária de um ídolo? Isto acontece
porque somos tomados por uma carga emocional que nos projeta para perto de quem
idolatramos, e dentro de nosso ser, nos faz mais próximo de suas realizações.
Ao fazermos uso do produto, nos sentimos mais próximo do Olimpo; verdadeiros
deuses.
São esses ídolos que carregam multidões aos estádios;
estimulam telespectadores a ficarem horas em frente a um televisor, vibrando
com cada lance. São eles que também fomentam o aumento das torcidas, pois, como
os adultos, as crianças (futuros torcedores) buscam se espelhar em “grandes
heróis”. Por isso, é louvável a atitude que alguns poucos clubes mantêm com
seus ídolos, criando planos de carreira, produtos especiais, ações de
marketing, potencializando o poder de mídia, orientando-o para o
profissionalismo e dando apoio psicológico, enfim, cuidando para que o seu
astro renda todos os benefícios possíveis para a equipe dentro e fora dos
campos.
Costumo dizer que um jogador só é caro para um clube quando
ele não dá retorno. E é preciso saber dimensionar o retorno sobre vários
aspectos: rendimento dentro de campo, imagem institucional agregada, potencial
para contratos publicitários, aumento no número de torcedores a médio e longo
prazo, venda de produtos licenciados, estimulo aos projetos de sócio-torcedor,
incentivo para que outros profissionais sejam seduzidos a jogar na equipe,
relacionamento com integrantes do clube (jogadores, comissão técnica,
diretoria, torcedores), relacionamento com a imprensa. Enfim, é uma engenharia
complexa para ser administrada, mas que, bem feita, trará um retorno fantástico
para o clube gestor.
Levando-se todos os atributos em consideração, e tantos
outros a adicionar, teremos um índice potencial elevado para rotular o valor de
um ídolo. No processo gestor de um clube moderno, não cabe complacência e
descaso com o acaso dos acontecimentos em torno da carreira de seus atletas. É
fundamental planejar, ousar e atribuir metas e objetivos para que todos remem
na mesma direção. Isto desde o atendimento na portaria do clube até a
comemoração de um gol; porque nenhum associado ficará contente com um porteiro
mal-humorado e nem um patrocinador com um jogador que, no momento mais sublime
do futebol, tira a camisa e apaga a chance de aparição da marca patrocinadora.
Tudo deve ser pensado metodicamente para que a engrenagem funcione com
perfeição.
Se tudo estiver funcionando corretamente, então será mais
fácil administrar e obter resultados. Estes passam a ser consequência do bom
trabalho realizado, e atrelado a isso, aumenta-se a liquidez permanente e o
valor de marca. Uma fórmula que vem dando certo no Barcelona e que pode ser
expandido para outros clubes. E se tiver um ídolo em potencial para ajudar
nessa missão, então o esforço coletivo será menor, desde que, haja sabedoria
para cuidar da galinha dos ovos de ouro e não apenas cozinhá-la ao menor
despertar de fome.
Comentários
E sob este ponto de vista que procurei trazer luz ao tema. Sabemos que sem o time, não haveria ídolos. Contudo, um ídolo capacitado e bem trabalhado pode eternizar uma marca e transpor barreiras que, o clube por si, não poderia. Veja o caso do Pelé, foi possível parar uma guerra para assistir ao craque (não param para ver o Santos, mas o Rei do Futebol).