Comunicação corporativa x mercadológica
A
dissociação entre a comunicação corporativa e a comunicação mercadológica é um
ato natural dentro das empresas. Mas não deveria. O lema é "cada macaco no
seu galho". Contudo, os resultados finais que a organização almeja não
advêm de esforços isolados, mas da soma de forças unidas.
É
preciso, primeiro, estabelecer quem é quem no papel de desenvolvimento
organizacional. A comunicação corporativa é responsável basicamente pela imagem
institucional, relacionamento com stakeholders, comunicação interna. A
comunicação mercadológica é voltada para os clientes, análise de dados,
projeção de vendas, campanhas etc.
Sempre
lembro que uma empresa é como um time de futebol, tudo o que é feito por
fisiologistas, preparadores físicos, técnico e todo escopo do clube serve para
impulsionar os bons resultados dos jogadores em campo, que se reflete na imagem
e ganhos do clube. Então, é lógico que não devemos dissociar ações de um
departamento ou de outro como se vivessem em mundos paralelos.
A união
de esforços é fator determinante para o sucesso como um todo. Por isso, defendo
a comunicação de maneira integrada, parte de um todo para resultados
comuns.
Um
funcionário quando começa o seu dia de trabalho, no chão de fábrica, deve ter
em mente que todas as suas ações vão repercutir na qualidade de um produto que
vai ser um dos fatores determinantes para o sucesso da empresa ou não. Nesse
momento, a comunicação interna já não é apenas uma base de sustentação das
ações organizacionais dentro dos quatro muros da empresa, é também a fonte de
sustentação daquilo que sai da empresa para o mercado e que será responsável
pela subsistência da organização por anos e anos.
Na outra
ponta, aquilo que a comunicação mercadológica projeta para estimular as vendas
também se reflete no dia a dia interno, pois se tivermos um comunicado
relevante feito ao mercado realizado com o pré-conhecimento do corpo funcional,
haverá maior poder de sustentação das informações quando esses funcionários estiverem
fora da empresa, então também formadores de opinião e consumidores.
Como
podemos ver nesses dois exemplos básicos (existem dezenas de outros tantos) é
possível entender que a união de esforços através da comunicação integrada pode
ser mais sensata e, principalmente, mais eficaz para a obtenção de resultados.
Com isso, permita-me acrescer ao trocadilho: "cada macaco no seu galho.
Mas, todos juntos, balançam a árvore".
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