Isso é só o fim...

O mercado vive momentos de alta adrenalina. As causas e efeitos do conturbado cenário econômico americano e europeu têm tirado o sono do resto do mundo, mesmo quando tudo parece calmo. Conversei com um amigo do setor financeiro, nesta semana, e ele parecia um timoneiro em mar bravo, sem saber se olhava para a bússola ou para o horizonte.
Alguns profissionais do setor financeiro, mesmo conscientes dos problemas que o mundo vem enfrentando, acreditam que pelo menos no Brasil, o caso é mais de extrapolação das notícias, ou seja, a culpa é da mídia. “Malditos jornalistas que teimam em ficar noticiando o caos como se fossem cavaleiros do apocalipse”, diria um deles. Porém, esquecem que a mídia funciona como um espelho que revela todos os temores e dissabores do mercado ao menor sinal de alerta em qualquer parte do país. A bola de neve pode ter crescido além do esperado, porém, não foi a mídia que deu o pontapé inicial.
O conselho que dei a este amigo é que reinvente o cenário atual; use e abuse da criatividade para oferecer novos e velhos serviços; acalme os ânimos de seus clientes com informações pontuais, precisas e confiáveis; trabalhe a comunicação com o mercado de maneira positiva, buscando ressaltar os diferenciais competitivos que possa oferecer; enfim, dê os indicativos necessários para que os consumidores voltem a consumir normalmente, sem a preocupação de acordar com o mundo em frangalhos.
Uma comunicação bem feita pode reforçar práticas positivas, incentivar vendas, atrair novos e velhos consumidores, reposicionar produtos e serviços, criar novos nichos de mercado. Mas, acima de tudo, pode criar uma atmosfera positiva que fortaleça os mecanismos de satisfação de todos, e todos querem sempre a mesma coisa: a melhoria contínua em todos os aspectos... e não o fim.

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