segunda-feira, 18 de abril de 2011

Comunicação é questão de feeling


Nas pequenas cidades do interior ainda hoje os fiéis são chamados à missa apenas pelo badalar dos sinos. Nas fábricas, a sirene indica horários de intervalo, início e final de expediente. No teatro, o som da campainha alerta o público para o início do espetáculo. Como podemos ver, a comunicação direta é a maneira mais prática e sensata para estabelecer entendimento entre emissor e receptor.
Os discursos dos grandes líderes mundiais sempre foram marcados por frases de conteúdo que sintetizassem um pensamento compartilhado por todos. Martin Luther King disse “Eu tenho um sonho”, a expressão nua e crua da luta contra a discriminação dos negros. Mais recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cunhou a frase “Yes, we can”, devolvendo a autoestima e a esperança ao povo americano – também foi a garantia da eleição do homem mais poderoso do planeta.
Nos casos citados, aparece como pano de fundo a pré-disposição dos receptores à mensagem, e a concisão e precisão dos gestores da comunicação em utilizar a forma e o meio correto. Papel cumprido, a comunicação é estabelecida. Entretanto, é comum vermos corporações vivendo verdadeiras epopeias para integrar suas equipes em torno de seus objetivos, sem muito sucesso. Isso acontece porque o público receptor não está sensível à mensagem? Certo que não. Nenhum funcionário deseja ver sua empresa sucumbir no mundo dos negócios e ver seu emprego ir para o espaço. Então o problema está na geração da comunicação. Obvio.
A verdade é que se fazem muitas coisas, com as melhores das intenções, mas com pouco fundamento. O simples sempre é melhor. É preciso ser criativo e ousado para fazer uma comunicação de maneira precisa e pontual. Não existe uma fórmula pronta, pois cada empresa detém uma cultura, um público e um universo diferente das demais. É preciso estar antenada com o tipo de ambiente, as necessidades das pessoas e com os objetivos da organização. Fazer desses elementos a fonte de orientação para eleger as diretrizes de um bom plano de comunicação.
É muito comum o emprego indiscriminado de receitas prontas de comunicação para criar os mecanismos de relacionamento com o público interno. São publicações, murais, intranets, memorandos padronizados, videoconferências (muito em moda), e toda sorte de ferramentas. Não é que tais elementos não sejam eficazes, ou não mereçam ser utilizados, fundamental é o critério.
Portanto, na próxima vez em que tiver de comunicar um fato relevante para os funcionários, maiores parceiros que uma empresa pode ter, abram a mente e visualizem o que eles gostariam de ouvir sobre o tema, de que maneira, adicione uma boa dose de sensibilidade e criatividade. Pronto. E não esqueça, às vezes, apenas o badalar dos sinos é o suficiente.


segunda-feira, 11 de abril de 2011

A comunicação: entre o medo e o desejo

É onde estaríamos, com medo

Quantas vezes você já parou na encruzilhada entre o medo e o desejo? Fazer ou não fazer eis a questão? Essa é a mais pura retórica dos programas de comunicação aplicados às empresas ao longo dos anos. Sempre existe o confronto daquilo que é permitido contra aquilo que é esperado. Imagine nossos grandes inventores temendo possíveis fracassos, ou apenas receosos de enfrentar adversidades? Thomas Edison teria inventado a lâmpada, entre outras mais de mil patentes? É claro que não. O medo nunca foi amigo próximo das grandes descobertas; ao contrário, é o principal inimigo, sempre.
Os programas de comunicação também sofrem do mesmo dissabor. É comum ver em redes sociais e bate-papos, amigos de profissão questionando sobre o que pode ou o que não pode fazer; o que é permitido e o que é mais conveniente. É o retrato fiel da obediência a uma metodologia de condução das políticas de comunicação, longe de ser modelo de inovação.
 Você já pensou se nossos ancestrais deixassem de buscar melhores condições de vida? Fogo para quê? Agricultura? Bem, não estaríamos sequer tendo essa conversa. Divagações à parte, o princípio é que o incomodo pela constante busca do aprimoramento tem feito da vida do homem o seu próprio céu e o seu próprio inferno. Na comunicação não é diferente. Uma empresa que reluta contra as redes sociais só está evitando um caminho que, cedo ou tarde, terá que trilhar. A única certeza é de que, quanto mais tarde, mais atrasado chegará à modernidade.
Quem trabalha com comunicação tem uma obrigação consigo mesmo. É preciso estar de mente aberta para o novo. Antever. Saber que aqueles que dão o primeiro passo terão mais chances de chegar primeiro. O medo deve servir apenas ao equilíbrio de nossos desejos e não como um contrassenso ao desenvolvimento. Assim é para a vida, assim é para a Comunicação.

Gerenciamento de crises

No final de novembro de 2023, o mundo da inovação e inteligência artificial recebeu com surpresa a decisão do conselho consultivo da OpenAI...