terça-feira, 13 de outubro de 2009

Comunicação e o mundo digital

Estamos ultrapassando novas fronteiras na velocidade do pensamento. A Internet tem gerado uma gama infinita de possibilidades para aumentar a comunicação entre povos, empresas, pessoas. As comunidades sociais crescem vertiginosamente e ganham espaço em lares, empresas e diferentes classes. Agora, existe um desafio para as organizações, que é filtrar informações e fazer uso delas da melhor forma possível para a realização de negócios, manutenção do meio ambiente, aperfeiçoamento do sistema educacional, interatividade com as pessoas, criação de novas sistemáticas de amparo e desenvolvimento social etc. Tudo depende de como aproveitar toda essa informação disponível na malha digital. Este é o desafio.
Hoje muito se fala em data mining, text mining, web mining. São apenas variáveis, com novos rótulos, daquilo que Bill Gates já havia dito década atrás de como deveríamos aproveitar o mundo digital para fazer novos negócios. Estou falando do sistema nervoso digital. É uma referência analógica ao sistema de funcionamento do corpo humano, que ao menor sinal de perigo, faz uma análise rápida da situação, escolhe as alternativas para evitarmos o problema em questão. O sistema nervoso humano reage instantaneamente aos temores como forma de autodefesa.
A sugestão do mestre da Microsoft era de que aproveitássemos esse desenho perfeito para, então, criarmos algo similar para o desenvolvimento do sistema nervoso digital. Assim, todas as informações, tidas como estratégicas, seriam armazenadas em bancos de dados, passando por filtros sensores, até estarem prontas para serem utilizadas de maneira apropriada pelos tomadores de decisões dentro das organizações. Estes, por sua vez, poderiam com maior rapidez, disseminar tais informações para todo o complexo empresarial, integrando ainda mais o ambiente corporativo em torno das ações e objetivos da empresa.
Temos por exemplo, as estratégias de marketing que já podem ser alteradas momento a momento de acordo com informações precisas disponibilizadas pelas gôndolas e caixas de supermercado, gerando relatórios preciosos sobre os horários de maior consumo, as tendências em relação as variáveis de mercado, medição de respostas aos anúncios em mídia etc. Ou seja, os mestres marqueteiros têm agora uma valiosa fonte de interatividade com o mundo do consumo para planejar suas ações de maneira cada vez mais eficaz.
O grande desafio está em criar sistemas cada vez mais apurados de captação de informações e transformação em medidas de análise sobre o mercado de consumo e, principalmente, sobre os aspectos psicossociais que influenciam os consumidores. Tudo isso num ritmo frenético e ousado, merecedor da atenção dos profissionais de TI em parceria com a engenhosidade do Marketing.
A ciência da comunicação deve se preparar para lançar mão de todo o background conquistado até os dias de hoje, procurando identificar meios precisos de análise, estudos atuais das ferramentas de comunicação utilizadas por pessoas de diferentes faixas etárias e condições sociais, em diversas partes do planeta, mas com mecanismos tão precisos que possam servir de parâmetro de análise em bairros de todas as cidades de atuação.
O profissional de comunicação e as empresas gestoras de informação devem ditar o ritmo de transformação da próxima década. É preciso abraçar o desafio e lançar mão de todos os conhecimentos disponíveis para atender aos desafios que estão sendo propostos. É preciso fazer com que as coisas aconteçam, agora!

Laércio Pimentel, jornalista, é diretor da KFL Comunicações.
laerciokfl@gmail.com

domingo, 11 de outubro de 2009

Exército digital

A propulsão da comunicação está tomando rumos cada vez mais vigorosos quando a questão é falar sobre algum assunto na Internet. O mundo já não tem informação que possa ser cerceada como tempos atrás. Tudo está à disposição, basta que alguém saiba e em questões de minutos, talvez segundos, ganha a malha digital e por meio de twitters, blogs, comunidades virtuais e outras redes sociais, tudo está pronto para ser consumido por ávidos internautas, sedentos em reproduzir e passar à frente as novas informações.
O exército digital não quer saber se a notícia é verdadeira, falsa, se causará problemas, se vai lançar alguém no mundo da fama ou da desgraça; importante é o fator “atualidade” – é isso que está em voga. Milhares de pessoas se comunicam em tempo real. Distância, idade, crenças, poder econômico, nada importa, tudo é feito de maneira democrática, quase beirando à anarquia.
O mundo dos negócios passa por reavaliações, novas tendências, uma nova página está sendo escrita. Em 1997, Bill Gates já previa que os negócios iriam mudar mais nos dez anos seqüentes do que nos últimos cinqüenta anos – ele estava certo, mais uma vez. As empresas que entenderam o recado promoveram rápidas mudanças, evoluíram e mantiveram clientes, além de absorver novos mercados. Já quem resolveu estacionar às margens da estrada, pagou caro por acreditar que o mundo continuaria o mesmo e que tudo sempre seria do mesmo jeito. Ledo engano.
Contudo, as mudanças continuam a reverberar por todos os segmentos empresariais. Muitas mudanças ainda vão acontecer, é preciso estar antenado às novas formas de comunicação, à rapidez das transformações que ocorrem em todos os níveis sociais, hoje quem não podia comprar é quem está determinando para onde irá o mercado nos próximos anos, são classes sociais que atingem novos patamares e que estão ansiosas por consumo; são grupos de faixa etária diferenciada que se tornaram novos nichos de mercado para quem trabalha de maneira segmentada; são necessidades que precisam ser atendidas por novos produtos, mas especialmente por novos serviços, pois cada vez mais as empresas deixam de vender produtos para se diferenciarem através de serviços. Está é uma forte tendência para a próxima década e que vale a pena ser seguida desde agora.
Portanto, ao invés de tentar coibir, criar restrições, censuras, o mais prático é criar novas formas de interagir com os novos meios de comunicação e respectivos usuários, somente assim poderemos garantir a supremacia da boa comunicação, dos bons serviços e, conseqüentemente, dos bons negócios.

Laércio Pimentel, jornalista, é diretor da KFL Comunicações.
laerciokfl@gmail.com

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Você deveria saber disso

Chamar a atenção para um anúncio, fazer com que o leitor, telespectador ou ouvinte se prenda por instantes à sua mensagem é o desafio da maioria dos anunciantes. Além disso, é preciso criar um elo de empatia para fixar o desejo incutido no anúncio, assim como criar meios de facilitação à lembrança, principalmente nos momentos de compra.
Anúncio bom é aquele que vende, já dizia minha avó. Ninguém investe em publicidade apenas para marcar presença ou mostrar o anúncio para o vizinho; todos querem resultados. Contudo, estes dependem de uma série de variáveis: veículo no qual se está anunciando; tamanho do anúncio X o que se pretende; criatividade para atingir o objetivo traçado; frequência do anúncio para registrar a mensagem na memória do consumidor; entre outros detalhes.
Muitas vezes vemos aquele anunciante, de um anúncio só, frustrado porque não atingiu seu propósito; ele acredita fervorosamente que o mundo deveria parar no exato instante em que seu anúncio for ao ar, e que as pessoas não deveriam ter mais nada em mente além da obrigação de prestar atenção àquele "fato histórico".
Tenho uma terminologia publicitária que denomino de CIE (Criação Institucional e Econômica): é a visão global acerca dos resultados de uma campanha, sendo esta de máxima criatividade, com a preocupação de agregar valor institucional à marca e potencializar as vendas. Assim é possível cobrir todas as áreas de interesse do cliente e aumentar o retorno sobre cada peça veiculada.
Portanto, da próxima vez em que se deparar com a proposta de uma campanha publicitária, com um plano de mídia, leve sempre em conta o que espera conseguir através desse esforço de comunicação. Mas faça isso de maneira abrangente e realista para obter resultados contundentes e pontuais. Lembre-se: a comunicação só é comunicação quando existe sinergia entre os envolvidos, qualquer coisa diferente é simples troca de informações; neste contexto, os resultados podem ficar bem aquém do esperado.

Laércio Pimentel, jornalista, é diretor da KFL Comunicações.


(Visite www.melhoresuacomunicacao.blogspot.com )

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