terça-feira, 21 de julho de 2020

Endormarketing fortalece a empresa

foto: Mohamed Hassan by Pixabay

Certa vez, deparei com o seguinte dilema: os funcionários de uma montadora, de tempos em tempos, tinham um ataque coletivo de mau humor e queda de produção, porém, sem nenhum significado aparente. Fomos a campo para uma pesquisa qualitativa e a resposta veio de várias constatações: todas as vezes que a empresa, em horário nobre, anunciava na Tv o lançamento de um novo modelo de automóvel, enquanto ouvia e via o acontecimento, o filho olhava e perguntava enfático: “você sabia, pai?” ou “você sabia, mãe?” Aquilo no íntimo de cada ser soava como uma traição; ele, o funcionário tão dedicado, tão abnegado, sempre pronto para fazer o melhor, era o último a saber que sua empresa estava lançando um novo modelo no mercado. Mas, nada poderia ser pior do que ser alertado sobre o novo lançamento pelo vizinho sabichão. Era o fim!
Algo que pode parecer uma bobagem, um fato corriqueiro na vida organizacional, pode gerar transtornos pela simples falta de comunicação. Isto demonstra que devemos sempre estar preocupados, ou melhor, antenados com as carências organizacionais, com aquilo que possa causar problemas, desmotivação, queda do padrão de qualidade, falta de criatividade, descompasso com o modelo de gestão e por aí vai.
O termo endomarketing foi cunhado por Saul Bekin, entre 1986 e 1995, cujo propósito foi estabelecer a prática do marketing institucional interno amparado pelas veias de recursos humanos para manter funcionários motivados, colaborativos e bem informados através de uma política de comunicação interna. Por meio da fundamentação do conceito, as empresas perceberam o quanto era importante manter uma equipe coesa do ponto de vista comunicacional, ampliando a confiabilidade mútua entre funcionários e empresa e estabelecendo uma nova rota de relacionamento que resultasse no melhor tratamento e entendimento do planejamento estratégico e na busca de seus resultados.
O propósito do endomarketing vem desafiando até hoje empresas de variados tamanhos pelo próprio despreparo de suas lideranças em conhecer e entender a importância de tal prática para o sucesso dos negócios como um todo. Ter funcionários bem assistidos do ponto de vista comunicacional é meio caminho andado para o aumento da produtividade, melhoria da qualidade de produtos e serviços, redução de turnover, satisfação, desenvolvimento pessoal e profissional, aumento da criatividade coletiva, redução de gastos, melhoria da performance individual e em grupo, agilidade e resultados.
Podemos apostar todas as fichas sem medo de perder que uma política de endomarketing bem implantada, assertiva e orientada para resultados é o combustível que toda empresa necessita para potencializar sua participação no mercado e aumentar seu poder de competitividade.
Não adianta querer simplesmente que as pessoas façam aquilo que imaginamos, é preciso que elas saibam que precisam fazer, por que, o que fazer, para que, como, quando e onde. É desse volume de entendimento que teremos um profissional preparado para enfrentar os desafios diários que se postam no dia a dia de uma organização. O planejamento estratégico só será entendido de corpo e alma se as pessoas estiverem preparadas e pré-dispostas ao envolvimento com a questão, senão é tocar serenata para surdo ouvir.
Estamos no século XXI, porém, fica claro e explícito que ainda existem lideranças modestas e comedidas no quesito desenvolvimento de recursos humanos e práticas comunicacionais. Isso é como um tiro no pé para quem precisa correr uma maratona.
De uma vez por todas, é preciso parar de confundir gastos com investimento. Carro não anda sem combustível. Pessoas precisam de preparo para superar expectativas. Todos temos que nos aperfeiçoar para seguir em frente. O mercado é moldado todos os dias pelas necessidades e novidades que se apresentam. Portanto, tenha o melhor time para entrar em campo todos os dias, pois, não existe mágica para ganhar campeonato.

quarta-feira, 8 de julho de 2020

O atendimento é a chave para a retomada

Imagem by Pixabay
Mesmo com a pandemia em curso muitas empresas já estão tomando as providências para uma retomada em larga escala. Mas o que fazer para reconquistar o tempo perdido, não deixar escapar os clientes e, quem sabe, abrir novos nichos de mercado?
A resposta está sendo construída com o auxílio de muitas ferramentas e plataformas, especialmente aquelas ligadas a internet (redes sociais, marketplace, aplicativos). No entanto, vale lembrar que não estamos lidando com máquinas, mas apenas fazendo uso delas. Portanto, o ser humano precisa de uma boa dose de atenção e percepção.
O segredo para a retomada é o atendimento que sua empresa presta ao cliente; como você percebe as necessidades mais latentes, aquelas que só vemos nas entrelinhas de um bom relacionamento.
Observo que o mercado, devido as dificuldades de contar com seu quadro habitual de atendimento ao público, se debate nas questões de como bem-atender aos clientes, garantir a qualidade do fluxo de informação e ainda pontuar serviços e produtos para a manutenção do relacionamento empresa-consumidor. Isso se dá com muita frequência seja em grandes empresas de telefonia, energia elétrica, tv a cabo ou nas pequenas e médias empresas, como lojas virtuais de roupas, supermercados, prestação de serviços etc.
O maior problema é sempre o mesmo (seja em hora de pandemia, ou em tempos de normalidade): as empresas desconhecem o atendimento que oferecem ao público. Os líderes organizacionais pecam porque acreditam que suas empresas cumprem com esmero a cartilha dos mandamentos de bom atendimento ao cliente, o que, na maioria esmagadora das vezes, não é verdade. Para saber como sua organização tem lidado com o público, basta pegar o celular e fazer uma ligação, comportar-se como um habitual consumidor e ouvir exatamente como será tratado. Alerta: você terá uma ingrata decepção.
É preciso tratar o cliente exatamente como qualquer um de nós gostaríamos de ser tratados. Não basta bons sistemas de atendimento (por favor, não cometa o pecado de achar que os complexos sistemas de atendimento eletrônico com aquelas vozes robotizadas são bons sistemas de atendimento), não basta fineza e educação, não basta atenção ao que o cliente pede, não basta agilidade e eficiência, é preciso acima de tudo oferecer aquilo que o cliente mais busca: solução.
Um cliente satisfeito é um consumidor garantido, uma propaganda positiva boca em boca, uma venda presente e outras tantas futuras sob a digital de bom atendimento. Hoje, é preciso ter todas as ferramentas disponíveis para ajudar no contato com os clientes, ter uma equipe bem preparada para saber fazer uso dessas ferramentas e qualidade pessoal de atendimento. É preciso descobrir os anseios do consumidor pós-pandemia, daquilo que ele possa a vir precisar, de como oferecer seus produtos e serviços sem ser invasivo, com a justa proposição de levar soluções para tornar o dia dele melhor.
Nem sempre um cliente está pré-disposto a adquirir um produto ou serviço, no entanto, com a janela certa aberta diante de seus olhos, tudo pode mudar. Sentir como um vinho ou uma roupa pode ajudá-lo a ter um dia mais alegre e leve diante das adversidades do momento, pode ser o caminho para apresentar uma oferta, acompanhada por um belo desconto promocional, facilidade para pagamento, rápida entrega e um pós-venda com gosto de “quero mais”.
Nesse momento de pandemia, multiplique seus esforços na melhoria do atendimento aos clientes, é isso que vai garantir a sua sobrevivência no mercado e potencializar a estratégia de retomada rumo ao sucesso.
  

Gerenciamento de crises

No final de novembro de 2023, o mundo da inovação e inteligência artificial recebeu com surpresa a decisão do conselho consultivo da OpenAI...