quinta-feira, 3 de setembro de 2020

A importância da comunicação interna para os negócios

by Pixabay

Imagine a cena: você como capitão em alto-mar, o navio em noite sombria rumo à colisão com um iceberg. Então, você entoa a ordem para que desviem a rota à estibordo, a fim de evitar o choque. Por sua vez, o Imediato recebe a ordem como bombordo. Estibordo, bombordo, estibordo, bombordo... os marinheiros em volta sem saber o que seguir. A colisão é inevitável. Numa empresa, a regra é a mesma: quando não existe uma comunicação eficaz, o resultado é sempre catastrófico.

Uma empresa precisa de um planejamento estratégico tal qual uma carta de navegação; ela dirá de onde estamos partindo, por onde navegaremos e onde queremos chegar. Sem isso, estamos ao bel-prazer das ondas, tempestades e contratempos inerentes a qualquer viagem. E a comunicação tem papel fundamental na sustentação desse planejamento, criando pontes entre pessoas, departamentos e setores vitais para o bom desempenho das tarefas, cumprimento de metas e alcance de objetivos. É a comunicação que estreita a relação entre líderes e comandados e estabelece um relacionamento maduro e propositivo.

Mas a importância da comunicação interna não registra ganhos apenas no ambiente interno. O atendimento, por exemplo, vital à prática de bons negócios e consolidação das relações externas, é construído a partir da gestão de recursos humanos internamente. Sem uma equipe madura, proativa, perceptiva e ajustada aos modelos de negócios presentes e futuros, não iremos longe na caminhada rumo ao crescimento e desenvolvimento organizacional. Os líderes devem ter como prioridade o desenvolvimento e a preparação de suas equipes para atender à demanda que bate à porta, especialmente hoje, em tempos de pandemia.

No Brasil, estamos diante de uma nova realidade que já era percebida, agora oficialmente declarada: entramos em recessão. Com a queda do PIB em 9,7%, temos novos desafios a frente, como bem conceitua o vice-presidente da Fiesp e presidente da Abiplast, José Ricardo Roriz Coelho: “A grande questão agora é o que vem pela frente, em um cenário com governo, empresas e famílias endividados, além do altíssimo número de desempregados. Há ainda a desorganização das cadeias produtivas, por causa do aumento de preços de matérias-primas referenciadas em dólar – matérias-primas que estão em falta para a maioria do setor industrial”. Surfando nas palavras do executivo, como não ter o foco voltado para a manutenção da comunicação interna se são justamente essas equipes as responsáveis por nos fazer transpor esse ambiente adverso? Ou seja, é hora de injetar combustível nessa área para acelerar o navio rumo ao alto-mar e distante de icebergs.

O contínuo compromisso do desenvolvimento organizacional é plataforma constante daquelas empresas que desejam superar obstáculos e promover um ambiente de inovações para antever as necessidades do mercado. O líder deve saber conduzir os negócios navegando no mar de tendências e não lutando contra ondas reais e imutáveis. É nesse ambiente que vai superar adversidades, contrapor vicissitudes do mercado, ditar novos rumos aos negócios e atingir o objetivo delineado. Como diria Confúcio: “Você não pode mudar o vento, mas pode ajustar as velas do barco para chegar onde quer.  

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