terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O sonho da primeira página...



É comum quando somos consultados sobre o trabalho de assessoria de imprensa e ouvimos perguntas do tipo: Quando sairemos na capa da revista ...
Bem, primeiro é possível sair sim, desde que exista uma notícia que fundamente tal feito. Sempre digo que não somos políticos e nem devotos de santo, portanto, não podemos fazer promessas. Contudo, com um trabalho minucioso, dentro de uma ótica abrangente e metodologia própria é possível conseguir bons resultados em termos de exposição de imagem, melhoria de relacionamento e amadurecimento corporativo no trato com os jornalistas.
O primeiro desafio é estabelecer a cultura de grau de importância ao que verdadeiramente é notícia. Em geral, todas as diretorias e respectivos departamentos acreditam que seus produtos e serviços são os supra-sumos dos acontecimentos. No entanto, é preciso dimensionar que, diariamente, muitos produtos e serviços são lançados e apresentados ao mercado de maneira geral. O segredo é revelar ao público aquilo que o torna realmente diferente, único. Também é preciso estabelecer padrões de relacionamento com as mídias dirigidas, pois têm mais facilidade em assimilar o teor da notícia e o grau de interesse para seus públicos.
Da mesma maneira que é preciso fazer a tradução do cotidiano da empresa para o mundo da mídia, também é necessário espelhar a rotina das redações, os critérios de trabalho de cada editoria e respectivos repórteres, assim como as necessidades de cada veículo em si. O tratamento diferenciado para jornais, revistas, rádios, TVs e internet revela o quanto o material disponibilizado poderá ser aproveitado ou não. A linha de contato com repórteres e editores também é fundamental para diminuir a ponte de acesso e esclarecimentos das notícias apresentadas.
Preparar aqueles que serão os porta-vozes da empresa é outra tarefa metódica, pois depois de apresentar um número seletivo de sugestões de matérias é preciso ter alguém que possa dar depoimentos, esclarecer situações e abraçar a tarefa de ser o elemento de ligação e contato entre a empresa e os veículos de comunicação.
O capítulo final é abrir o horizonte da empresa para que também saiba que precisa ser atuante nos momentos de crise. Estar pronta para responder e esclarecer acontecimentos, os quais nem sempre são bons de comentar, mas que é preciso. Afinal, um caso mal interpretado pode gerar situações muito mais calorosas e inadequadas aos negócios da empresa do que atuar com transparência, por mais delicada que seja a situação.

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