domingo, 11 de outubro de 2009

Exército digital

A propulsão da comunicação está tomando rumos cada vez mais vigorosos quando a questão é falar sobre algum assunto na Internet. O mundo já não tem informação que possa ser cerceada como tempos atrás. Tudo está à disposição, basta que alguém saiba e em questões de minutos, talvez segundos, ganha a malha digital e por meio de twitters, blogs, comunidades virtuais e outras redes sociais, tudo está pronto para ser consumido por ávidos internautas, sedentos em reproduzir e passar à frente as novas informações.
O exército digital não quer saber se a notícia é verdadeira, falsa, se causará problemas, se vai lançar alguém no mundo da fama ou da desgraça; importante é o fator “atualidade” – é isso que está em voga. Milhares de pessoas se comunicam em tempo real. Distância, idade, crenças, poder econômico, nada importa, tudo é feito de maneira democrática, quase beirando à anarquia.
O mundo dos negócios passa por reavaliações, novas tendências, uma nova página está sendo escrita. Em 1997, Bill Gates já previa que os negócios iriam mudar mais nos dez anos seqüentes do que nos últimos cinqüenta anos – ele estava certo, mais uma vez. As empresas que entenderam o recado promoveram rápidas mudanças, evoluíram e mantiveram clientes, além de absorver novos mercados. Já quem resolveu estacionar às margens da estrada, pagou caro por acreditar que o mundo continuaria o mesmo e que tudo sempre seria do mesmo jeito. Ledo engano.
Contudo, as mudanças continuam a reverberar por todos os segmentos empresariais. Muitas mudanças ainda vão acontecer, é preciso estar antenado às novas formas de comunicação, à rapidez das transformações que ocorrem em todos os níveis sociais, hoje quem não podia comprar é quem está determinando para onde irá o mercado nos próximos anos, são classes sociais que atingem novos patamares e que estão ansiosas por consumo; são grupos de faixa etária diferenciada que se tornaram novos nichos de mercado para quem trabalha de maneira segmentada; são necessidades que precisam ser atendidas por novos produtos, mas especialmente por novos serviços, pois cada vez mais as empresas deixam de vender produtos para se diferenciarem através de serviços. Está é uma forte tendência para a próxima década e que vale a pena ser seguida desde agora.
Portanto, ao invés de tentar coibir, criar restrições, censuras, o mais prático é criar novas formas de interagir com os novos meios de comunicação e respectivos usuários, somente assim poderemos garantir a supremacia da boa comunicação, dos bons serviços e, conseqüentemente, dos bons negócios.

Laércio Pimentel, jornalista, é diretor da KFL Comunicações.
laerciokfl@gmail.com

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