segunda-feira, 16 de maio de 2011

Qual é a comunicação prioritária?


Não é difícil ver filmes publicitários fantásticos, criativos, emotivos e tudo mais; em contrapartida, se pegarmos o telefone e ligarmos para o SAC ou 0800 em busca de informações ou para expressar descontentamento com produtos e serviços, certamente cairemos em decepção. Mas por que as empresas preferem dar destaque à comunicação lúdica ao invés de tratar da resolução de problemas dos clientes num primeiro plano?
Seria muito simples responder que a razão é pura e simplesmente as vendas. No entanto, pensando do ponto de vista estratégico, não seria melhor conciliar a comunicação publicitária com a comunicação que efetivamente o cliente deseja receber quando precisa falar com a empresa? A venda de Combos e promoções cada vez mais inebriantes tomam conta dos horários de TVs; o consumidor deixa-se seduzir e realiza a compra; tempos depois, na hora de obter uma informação importante ou fazer uma reclamação... ops, as coisas não são tão belas quanto foram vendidas, aí vem o estresse e a desilusão.
É certo que é fundamental ter filmes publicitários para promover às vendas, estimular o consumo, pois sem isso, a empresa não ira a lugar nenhum. Mas é preciso pensar adiante, ter uma política de comunicação que preserve as conquistas, afinal, cada cliente tem um custo relativamente alto para ser conquistado, então não seria justo deixá-lo escapar pelo ralo sem nenhum tipo de intervenção.
A comunicação tem se tornado cada vez mais importante para o mundo dos negócios devido à globalização, às múltiplas plataformas de interatividade, à pluralidade cultural. Por isso, é necessário estabelecer métricas e avaliações de qualidade comunicacional para satisfazer o consumidor naquilo que realmente é mais importante para ele, o que, em suma, garante sua fidelidade à empresa, produto ou serviço.
Dentro da política de comunicação corporativa é preciso manter o tripé: comunicação interna, comunicação publicitária e comunicação pós-vendas dentro do mesmo leque de atenção e atuação, para que estejam em conformidade e coerentes entre si, alinhando o discurso da empresa respaldado por cada ação. A empresa que vende o Mundo de Alice através de filmes publicitários, mas na realidade entrega A Hora do Pesadelo, não merece que o consumidor tenha respeito por sua marca e muito menos seja um multiplicador de vendas. Portanto, cuidem da comunicação de maneira total para não colherem resultado apenas parcial.

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