segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O limite da comunicação é não ter limites


Quantas vezes a gente se depara com a dúvida de qual é o nosso limite? Pensar até onde podemos chegar? O que podemos fazer? O que podemos alcançar? A comunicação é uma ciência interessante porque trabalha justamente todas as possibilidades infinitas de nós seres humanos. Somos contidos ou impulsionados de acordo com os nossos pensamentos, construtores de comportamentos e atitudes. Mas quem poderá dizer até onde podemos chegar?
Dentro do ambiente organizacional temos a bíblia sagrada dos negócios, o Planejamento Estratégico, cujo desenho apresenta todos os passos para alcançar os resultados almejados pela empresa. Ali está descrito quais são as metas e objetivos, e como concretizá-los. Mas ali não contém como podemos ultrapassar barreiras, sonhar mais alto, romper paradigmas e afrontar o pragmatismo, dizendo que podemos muito mais.
A comunicação é uma fonte preciosa, pois abre um leque de possibilidades para avançarmos o sinal vermelho e contradizer tudo o que já foi dito, estabelecer novos parâmetros de comparação e redescobrir novas fontes de criação para aquilo que já parecia sem chances de se renovar.
Segundo o sociólogo espanhol Manuel Castells, estamos na era do capitalismo informacional, responsável pelas maiores mudanças a partir do século XXI. Dentro desse conceito, podemos dizer que a world wide web é a autoestrada para dúvidas e soluções, a energia exponencial de criação contínua, contudo, alojada no ambiente de sempre: a mente humana. Softwares e hardwares são peças importantes para avançar na providência da natureza humana, mas não é o que determina até onde podemos chegar. É por isso que nossas empresas e líderes não devem deixar de investir no ser humano, buscar ampliar as fontes de prazer, reflexão e contemplação, pois é dessa matéria-prima que extraímos todo o combustível necessário para promover as grandes transformações que o mundo necessita.
Olhar o presente com a mente aberta para o futuro é premissa básica para os profissionais do meio. Temos a obrigação, ou melhor, a missão de pavimentar a estrada que conduz aos caminhos da reflexão, das grandes discussões, da antipassividade, do inconformismo e da inovação. É nessa providência que a comunicação se torna arte e ciência ao mesmo tempo, apontando soluções para o que parece não ter solução.
Ultrapassar os limites do cotidiano é nosso desafio. Devemos sempre ter uma visão holística dos problemas para concebermos as melhores soluções; sair do encaixotamento é uma prioridade de nossa profissão.

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