domingo, 11 de agosto de 2013

Por que os clubes de futebol ainda patinam no marketing esportivo?

Se observarmos os maiores clubes brasileiros veremos progresso no que diz respeito ao processo de gestão do marketing esportivo, entretanto, ainda distante da realidade dos times europeus.
Não é apenas uma questão geográfica, mas filosófica e cultural. Aqui os clubes trabalham com as questões que gostariam de evitar. Por isso, se utilizam de corte de custos, patrocínio para pagar salários, renda de público para quitar dívidas, aumento no preço dos ingressos para corrigir falhas de gestão e agora, a moda do momento, o chamado programa sócio-torcedor.
O pensamento generalizado dos gestores é sobre aquilo que devemos evitar e não sobre aquilo que desejamos conquistar. Nenhuma empresa, nenhum clube se torna grande de fato sem ser ousado, destemido, pró-ativo e realizador de sonhos. Um bom produto só ganha as multidões quando se torna grande perante seu próprio público.  Ninguém compra um sabão em pó que lava mal, não bebe uma cerveja ruim, não come em um restaurante que cobra caro e oferece comida de gosto duvidoso. Então, por que os dirigentes acham que os torcedores devem comprar e bancar uma gestão com um time meia-boca?
Não é fazendo o sentido anti-horário, indo contra a corrente que se tem um clube vencedor – em todos os aspectos. Não é montando uma grande e bonita casa que teremos uma família feliz de fato, é o contrário que faz tudo ter sentido. Portanto, o caminho é montar uma grande equipe para abrilhantar os espetáculos, os quais serão atrativos para o público, para os consumidores de produtos e serviços, para as emissoras de rádio, TV e meios de comunicação, para os patrocinadores, para os programas sócio-torcedores, para a venda de marca e franquias, para a internacionalização da marca e para aquilo que tanto almejam os senhores diretores: uma gestão financeira saudável.
É certo que tantas farras e desmandos são consequências da própria emoção desmedida do torcedor, que não mede esforços para seguir seu clube de coração. Talvez, por isso, diretores estão sempre remando na contramão da maré. Afinal, sabem que, quando a canoa furar, sempre haverá um torcedor salva-vidas por perto.
 


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