sábado, 26 de fevereiro de 2011

O marketing esportivo nosso de cada dia


Entre agulhas e fagulhas pela disputa de direito de transmissão do campeonato brasileiro de futebol estão valores estratosféricos, mas nada que não esteja adequado ao que esse grande espetáculo pode gerar para as emissoras de TV e aos respectivos patrocinadores. Agora que somos vitrines tanto no aspecto da Economia quanto de promoções dos grandes eventos esportivos da década, é preciso ampliar as lentes dos gestores de marketing esportivo para perceber todas as oportunidades que surgem com o grande mercado esportivo brasileiro.
Não é só o futebol que deve estar na pauta de investimentos das empresas que desejam ver seu nome, marca e produtos associados à prática de bem-estar dos esportes, à força dos clubes e ao poder de empatia dos atletas para com seus anunciantes. Abrem-se várias janelas para todas as áreas do marketing esportivo. Basta ver a ascensão do MMA – UFC (Vale-Tudo) registrada nos últimos anos no país. O que o mundo já havia descoberto há alguns anos, tanto no Japão, quanto nos Estados Unidos, agora volta a ser realidade nos octógonos tupiniquins.
O basquete nacional também ganha visibilidade e investimentos. Há uma maior percepção do retorno institucional e nos valores agregados à imagem de patrocinadores no que diz respeito à exposição e fortalecimento de marcas e produtos. A vinda de profissionais de fora também serve para aumentar o background e ampliar as possibilidades do esporte como fonte de negócios. Afinal, para que o esporte cresça e se fortaleça é preciso vê-lo não apenas como fonte de bem-estar, mas também de entretenimento multimídia e gerador de recursos financeiros para os atores e gestores do processo.
É possível trilhar por vários caminhos e dizer que no geral há um crescente investimento impulsionado pela Copa do Mundo de 2014 e pelas Olimpíadas de 2016, além da questão interna de ascensão da economia do Brasil. Mas também há um detalhe por trás disso, a profissionalização do esporte. Cada vez mais, profissionais de marketing e de comunicação rasgam as cortinas das questões relevantes ao incentivo dos investimentos, ampliando a participação da iniciativa pública e privada na fomentação do esporte nacional. Associar-se ao esporte é um grande negócio. Porém, é preciso aumentar o leque das possibilidades apresentadas, as quais só precisam de melhor gestão para atingir o resultado desejado. Precisamos usar o talento brasileiro com a mesma visão que o americano tem da indústria de entretenimento, como uma grande fonte geradora de negócios.
O boxe é um dos esportes que merece os holofotes empresariais. Uma prática de sucesso comercial centenária nos ringues americanos teve alguns insights no Brasil, mas nada que se configure como modelo duradouro de negócio. É preciso muito mais. Quem apostar agora vai colher mais rápido e melhor.
Costumo dizer, ainda não descobrimos a força do esporte. Tenho comigo que o estímulo à prática esportiva dentro de um planejamento estratégico de políticas federais, estaduais e municipais, pode reduzir vertiginosamente o nível de violência e criminalidade, e se tal política for praticada em comunhão com um grande plano de Educação, então, teremos o combustível para transformar nosso país e nossa sociedade em um modelo invejável.
As cartas estão na mesa. Os empresários que apostarem suas fichas na prática de investimentos em gestão esportiva só terão lucros. É preciso ter visão, é preciso ser ousado, é preciso investir.

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